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O Dia Internacional da Mulher teve origem no dia 8 de março de 1917, quando quando cerca de 90 mil operárias russas se revoltaram contra o czar Nicolau II. Juntas, elas estruturaram uma manifestação de frente para as péssimas condições de trabalho, a fome e a participação da Rússia na Primeira Guerra. O manifesto ficou conhecido como “Pão e Paz”.
De lá para cá, muito mudou em relação aos direitos das mulheres e diversas vitórias entraram para a conta. Ainda assim, no Brasil e no mundo a desigualdade salarial e o preconceito no mercado de trabalho são realidade.
No cenário da tecnologia, uma área considerada tipicamente masculina, os números comprovam a discriminação. Uma pesquisa feita pela Woman in Tech 2018 concluiu que as mulheres representam hoje no Brasil apenas 20% dos profissionais de TI.
Caroline Prin Jacinto, analista de suporte II da Flin, é um exemplo de mulher que conseguiu se inserir na área de tecnologia apesar das barreiras. Ela trabalha na empresa há sete anos. Segundo ela, no início, sua equipe tinha poucas mulheres e seus colegas duvidavam de sua capacidade, demonstrando resistência quanto à sua presença naquele setor.
Ela ainda explica que, apesar de gostar muito da área, percebe que a mulher precisa se esforçar muito mais para conseguir o mesmo reconhecimento que o homem. “Noto que para concorrer com homens a mulher tem que ser muito mais detalhista, expor todo seu conhecimento, ter mais afinco e dedicação” – diz ela.
Ao redor do país, existem centenas de coletivos e projetos que buscam estimular a presença das mulheres na tecnologia. Um exemplo na cidade de Florianópolis/SC é o Anitas, que organiza cursos, workshops e palestras com a intenção de incluir mulheres na área de tecnologia ou empreendedorismo: “queremos que as mulheres se sintam confiantes, seguras e empoderadas para realizar tudo o que desejam”.